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Difícil definir o que é o jornalismo humanista, visto a escassez de conteúdos relacionados ao tema, principalmente no Brasil. No livro “Mídia & Direitos Humanos” a jornalista Liliana Lavoratti, que é especializada nesse tipo de cobertura, diz que os direitos humanos sofrem na mídia o mesmo mal que sofrem todas as questões sociais: pouco é falado sobre eles e, quando se fala, eles são mal apresentados.


Alguns chegam a classificar a expressão “jornalismo humanitário” ou “jornalismo social” (como também costuma ser definido esse tipo de cobertura) como redundante. Isso porque todo jornalismo, em tese, deveria ser voltado à defesa da sociedade, ter um olhar, portanto, humanitário.


O próprio Marcelo Canellas não concorda com essas duas expressões (“jornalismo humanitário e social” e “jornalismo de direitos humanos”). Para ele, o que existe é um bom jornalismo, feito com qualidade.
Canellas diz que o jornalismo feito no Brasil não é pior nem melhor do que a sociedade brasileira, ele apenas reproduz essa visão hegemônica de mundo.


O fato é que, mesmo controverso e pouco estudado, esse tipo de jornalismo é essencial para qualquer sociedade, em especial para a nossa, que sofre com tantas feridas sociais e com a falência ou ausência das estruturas básicas de defesa dos cidadãos (Estado, Justiça, Polícia, entre outras).


Em entrevista realizada com o Secretário Executivo da ANDI – Comunicação e Direitos, uma organização da sociedade civil, sem fins de lucros e apartidária, que articula ações inovadoras na mídia para o desenvolvimento e suas estratégias estão voltadas ao fortalecimento de um diálogo profissional e ético entre as redações, as faculdades de comunicação e outros campos do conhecimento, além dos poderes públicos e as entidades relacionadas à agenda do desenvolvimento sustentável e dos direitos humanos e que atua de maneira voluntária desde 1990, Veet Vivarta, em 24/04/2014, falou-se da não existência do termo “Jornalismo Humanitário e Social” ou “Jornalismo de Direitos Humanos”. Vivarta afirma que deveria existir um jornalismo feito com qualidade, seguindo as premissas e prerrogativas necessárias para que o profissional de comunicação desempenhe um bom trabalho jornalístico. Ou seja, estudar e se aprofundar no tema da reportagem, fugindo da superficialidade.


Para Vivarta, o segmento jornalismo humanitário e social e os de direitos humanos estão diretamente ligados: “não se pode considerar o jornalismo humanitário e social e o de direitos humanos de forma apartada”, visto que fazem parte do mesmo nicho.
Considerado como uma linha de trabalho por alguns e como estratégia de mercado por outros, esse conceito é muito complexo para se discorrer a respeito, principalmente aqui no Brasil.

 

o que é?

jornalismo humanista

© 2014 por Sidney Barbalho de Souza

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